Luiz Gustavo Mori compartilha dicas para a reforma da política de saúde
A reforma da política de saúde é um dos maiores desafios enfrentados por governos e sociedades modernas. Com o avanço tecnológico, o envelhecimento populacional e as crescentes demandas por qualidade e equidade nos serviços, torna-se essencial repensar como os sistemas de saúde são estruturados e administrados. Nesse contexto, Luiz Gustavo Mori, especialista em gestão e inovação em saúde, compartilha suas principais dicas para uma reforma eficaz, sustentável e centrada nas pessoas.
Segundo Mori, a primeira etapa para qualquer transformação significativa é entender as necessidades reais da população. “Políticas de saúde devem ser construídas de baixo para cima, ouvindo comunidades, profissionais e gestores locais. Só assim é possível criar soluções que atendam à diversidade social e regional de um país”, afirma. Ele destaca que o envolvimento da sociedade civil e dos profissionais de saúde é fundamental para garantir legitimidade e eficácia nas reformas.
Outro ponto essencial é o fortalecimento da atenção primária à saúde. Mori ressalta que sistemas de saúde eficientes são aqueles que priorizam a prevenção, a promoção do bem-estar e o cuidado contínuo, em vez de focar apenas no tratamento de doenças. “Investir em programas de prevenção, vacinação, educação em saúde e acompanhamento familiar reduz custos e melhora a qualidade de vida da população”, explica. Essa abordagem também alivia a sobrecarga dos hospitais e torna o sistema mais resiliente.
A integração tecnológica é outro pilar central da reforma proposta por Luiz Gustavo Mori. Ele defende o uso estratégico da digitalização, da telemedicina e da inteligência artificial para ampliar o acesso e a eficiência dos serviços. “A tecnologia deve ser uma aliada do cuidado humano, não um substituto. Quando bem utilizada, permite diagnósticos mais precisos, redução de filas e monitoramento contínuo de pacientes crônicos”, destaca. Para Mori, a interoperabilidade entre sistemas e a segurança de dados devem ser prioridades absolutas para garantir confiança e eficácia.
Além disso, Mori enfatiza a importância da gestão transparente e baseada em evidências. Reformas de saúde não devem se apoiar apenas em decisões políticas, mas em dados concretos e análises de impacto. Ele recomenda a criação de observatórios de saúde e plataformas públicas de acompanhamento, que permitam à sociedade avaliar resultados e cobrar melhorias. “A transparência gera confiança e fortalece a responsabilidade social das instituições”, observa.
Outro aspecto frequentemente negligenciado, segundo o especialista, é o desenvolvimento e valorização dos profissionais de saúde. Uma política de saúde eficaz depende de equipes bem treinadas, motivadas e reconhecidas. Mori sugere programas contínuos de capacitação, incentivos à pesquisa e políticas salariais justas. “Sem profissionais qualificados e valorizados, qualquer reforma será apenas teórica”, alerta.
Por fim, Luiz Gustavo Mori reforça a necessidade de uma visão de longo prazo. Reformas em saúde não produzem resultados imediatos; elas exigem planejamento, continuidade e compromisso intergovernamental. “Políticas de saúde não devem mudar a cada ciclo eleitoral. É preciso criar pactos nacionais e metas sustentáveis, com indicadores claros de progresso”, afirma.
Em síntese, as dicas de Luiz Gustavo Mori apontam para uma reforma que combina humanização, tecnologia, transparência e sustentabilidade. Ele acredita que a verdadeira transformação começa quando governos, profissionais e cidadãos trabalham juntos para construir um sistema de saúde mais justo, eficiente e centrado nas pessoas.
Comentários
Postar um comentário