Luiz Gustavo Mori discute cuidados de saúde centrados no paciente

 

Nos últimos anos, o conceito de cuidados de saúde centrados no paciente ganhou força como um dos pilares mais importantes da transformação do setor. Para Luiz Gustavo Mori, pesquisador e especialista em inovação na área da saúde, essa abordagem representa não apenas uma mudança de paradigma, mas um movimento essencial para construir sistemas mais humanos, eficientes e capazes de atender às necessidades reais das pessoas. Ao discutir o tema, Mori destaca que colocar o paciente no centro significa repensar práticas, políticas e tecnologias de forma integrada, com o objetivo de promover bem-estar, autonomia e qualidade de vida.

Segundo Mori, o primeiro passo é compreender que o paciente deve ser visto como um protagonista ativo no próprio cuidado. Isso envolve incentivar a tomada de decisão compartilhada, oferecer informações claras e acessíveis, e criar ambientes onde o diálogo entre equipe de saúde, paciente e família seja constante. Para ele, “não existe cuidado verdadeiramente eficaz quando o paciente não compreende seu tratamento, não se sente ouvido ou não percebe sentido nas orientações que recebe”. Assim, o foco passa a ser a construção de vínculos e a promoção de uma comunicação transparente.

Outro ponto central abordado por Mori é o uso estratégico da tecnologia. Ele enfatiza que soluções digitais — como prontuários eletrônicos integrados, plataformas de telemedicina, wearables e aplicativos de monitoramento — têm o potencial de tornar o cuidado mais personalizado e contínuo. No entanto, ele ressalta que a tecnologia só é realmente útil quando facilita a experiência do paciente, reduz barreiras e amplia o acesso a serviços. A digitalização, portanto, não deve substituir o contato humano, mas complementá-lo, garantindo que cada indivíduo receba atenção adequada às suas particularidades.

Mori também chama atenção para a importância da saúde preventiva dentro do modelo centrado no paciente. Em vez de agir apenas diante da doença instalada, ele defende que os sistemas de saúde precisam ajudar as pessoas a adotar hábitos que reduzam riscos e fortaleçam o bem-estar físico e emocional. Programas de acompanhamento de longo prazo, orientações personalizadas e uso de dados para identificar padrões de risco são, segundo ele, ferramentas valiosas para promover uma saúde mais sustentável.

Além disso, Mori destaca o papel das equipes multidisciplinares. Médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais devem atuar de forma integrada, compartilhando informações e alinhando condutas. Essa abordagem colaborativa permite que o paciente receba um cuidado mais holístico, capaz de considerar dimensões físicas, psicológicas e sociais da saúde. Para ele, “o paciente não é um conjunto de sintomas, mas um indivíduo com história, contexto e expectativas que precisam ser respeitados”.

Outro desafio discutido por Mori é a necessidade de sistemas de saúde mais acessíveis e equitativos. Ele afirma que o cuidado centrado no paciente só se concretiza quando todos têm acesso à mesma qualidade de atendimento, independentemente de localização, renda ou condição social. Isso implica políticas públicas robustas, investimentos em infraestrutura e estratégias de descentralização do cuidado, especialmente em regiões remotas.

Por fim, Luiz Gustavo Mori reforça que a cultura organizacional é determinante. Instituições de saúde devem capacitar equipes, adotar protocolos que valorizem a experiência do paciente e estabelecer indicadores que meçam satisfação, engajamento e resultados de forma contínua. Somente assim será possível consolidar um modelo que realmente coloque as pessoas no centro e reduza a fragmentação historicamente presente nos sistemas de saúde.

Para Mori, cuidados de saúde centrados no paciente não são apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente. Ao combinar empatia, tecnologia, prevenção e gestão integrada, o setor pode avançar rumo a um futuro mais humano e eficiente — um futuro onde cada paciente seja tratado como único e com respeito integral à sua jornada de saúde.

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